Por Giselle Carmargo:
Quando fui convidada pelo Jarivânio a escrever sobre o assunto, me senti importante e muito empolgada, pois sempre desejei mostrar ao mundo que filho adotivo é igual ao filho genético, pois ainda há muita desinformação e preconceito sobre o assunto.
Meu marido e eu estamos juntos a pouco mais de nove anos, e ele já era pai de três filhas quando o conheci, logo depois, ainda quando estávamos nos conhecendo ele decidiu fazer vasectomia, pra mim na época foi até bom, mas não sabia o que o futuro me reservava. Namoramos e casamos. Pouco mais de um ano de casados, a vontade de ser mãe começou a me consumir, sempre quis desde criança, eu dizia que queria gêmeos, pra ter o trabalho de uma só vez e ficar livre dele de uma só vez também.
Não aconteceu o meu sonho de criança, depois que a vontade ressurgiu das cinza, pois eu já tinha me conscientizado que não seria mãe, começamos a procurar especialistas em fertilização já que, quanto maior o tempo da cirurgia de vasectomia, menos chance de reverter, então, a saída era fertilização in vitro, consultas, exames e procedimentos que o plano de saúde não cobria rios e rios de dinheiro que no momento não estava ao nosso alcance, o valor de um procedimento deste, que no momento ainda não é feito em nosso estado (Alagoas), seria em média de R$ 16.000,00 isso por baixo, e se fosse bem sucedido de primeira, o que é difícil, e no meu caso seria mais difícil ainda, pois sou muito ansiosa, e tenho certeza que esta ansiedade iria atrapalhar bastante, e o médico concordou, ter calma e tranquilidade é fundamental, e calma é uma coisa que muitas vezes me falta.