quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Os caramujos sonoros

Triste realidade de todas as cidades brasileiras..

Por: Elias Azevedo Pinheiro (Extraído dos seus rascunhos; Crônicas, textos, poemas e canções):

Na cidade e no interior a cada dia se perde mais espaço, entendo perfeitamente que todos querem um espaço, não importa se o espaço seja publico ou privado.

Passamos a competir com os automóveis por falta de espaço, as ruas foram demarcadas por pessoas que vendem as mais diversas mercadorias, não importa se é da China ou do Paraguai.

Nada disso tira o meu senso de humor, não posso ser hipócrita em dizer que nunca comprei CD genérico (termo usado pelos vendedores de pirataria), porém perco o bom senso quando no mesmo espaço circulam os carros de propaganda volante, as mais modernas invenções, estão a cem anos luz da antiga boca de ferro do seu Bebé do Cinema, que cedo informava a população as noticias e os avisos fúnebres, o famoso aviso: “Aquele que em vida se chamou”.

Esses automóveis sonoros, motos com carretinhas, bicicletas sonoras, são verdadeiras pragas, uma pandemia se comparado aos caramujos africanos que desembarcaram no Brasil para serem apreciados em restaurantes finos, sem controle se tornaram uma super população, agora passaram a transmitir doenças.

Estes caramujos sonoros, embora não vindos da África, também poluem os nossos ouvidos, incomodam, não tem limites de horário, estão sempre acima do volume, para eles não existe lei, desrespeitam aqueles que repousam nos hospitais, aqueles que tentam falar ao telefone em qualquer parte da cidade.

Estes caramujos sonoros já deveriam ser dizimados, extintos da face da terra, eles só se reproduzem porque tem quem os procure para anunciar, da mesma forma também repudio essas empresas que divulgam suas marcas dessa forma.

Estou do lado daqueles que trabalham, não importa que seja a venda do genérico ou similar, não estou desmerecendo os profissionais do microfone, profissionais que defendem o pão de cada dia e fazem da voz o seu instrumento de trabalho com qualidade e ética.

Lendo os informes do Sr. Jarivanio, alguém postou uma mensagem de natal: “Paz na terra aos homens de boa vontade.  Logo retruquei: Onde está a boa vontade daqueles que anunciam a paz pelo mundo? Será que isso também não tira a paz daqueles que como eu, também tenho boa vontade?

A luta ainda continua, há espaço para todos, queremos compartilhar a cidade com todos os gêneros, com seus sons, seus tons e toda beleza que atravessa as ruas por onde passamos, por enquanto somos um exercito de um homem só e assim caminha a humanidade.

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