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quinta-feira, 12 de abril de 2012

Entre ser educador e populista

Por Hamilton Werneck:

O educador é quem se apresenta como uma autoridade em sala de aula, seja pela sua competência ao ensinar, seja enquanto envolve os alunos no processo de aprender usando linguagem adequada, seja pelos conhecimentos que apresenta e pela atitude, esta envolvendo os aspectos afetivos.

Nós não lidamos com pregos, martelos, chaves de fenda e parafusos, nós lidamos com gente em fase de formação.

Os alunos, em nossas aulas, observam nossas atitudes e as copiam. O professor, sendo uma autoridade constituída pela escola e aceita pelas famílias é o representante legítimo para continuar o processo de educação que as famílias não conseguem abarcar numa sociedade em transformações e acelerações.

Nós sabemos que nossos alunos vivem num parque de diversões oferecido pela internet, sendo algumas aulas altamente enfadonhas e com uso de tecnologias ultrapassadas. As informações que eles trazem para as aulas são enormes e podem não ser acompanhadas pelos professores. Há, no entanto, uma diferença fundamental que deve ser analisada se o professor quiser manter sua autoridade em sala de aula: as informações os alunos podem trazer, até como colaboradores da própria aula, cabe ao professor transformá-las em conhecimento através de tarefas que façam os alunos interagirem com esses assuntos.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Piso do magistério, como pagar?

Por Hamilton Werneck:

O piso do magistério, que esta semana voltou ao centro das atenções, é questão que merece ser discutida. Em primeiro lugar, sua definição não pode obedecer apenas aos critérios intempestivos traçados pelo governo federal.

Muita gente ficou boquiaberta com o reajuste de 22% para este ano, ainda mais se comparado aos índices da inflação e do aumento do salário mínimo, bem menores. A majoração dos vencimentos mínimos dos professores, porém, não está indexada a índice algum senão ao que o próprio gestor concede ao valor per capita por alunos das redes estadual e municipal. Influi ainda o percentual do PIB a ser aplicado na educação.

quinta-feira, 8 de março de 2012

De Edgar Faure a Edgar Morin

Por Hamilton Werneck:

Educadores, formados ao final dos anos sessenta, conheceram o relatório Faure, resultado dos trabalhos da comissão internacional da UNESCO para o desenvolvimento da educação, criada em 1971. Soavam bem aos ouvidos os nomes dos integrantes da comissão como Felipe Herrera, do Chile, Abdul-Razzak Kaddoura, da Síria, Arthur Petrovski, da URSS e Frederick Champion Ward , dos Estados Unidos, representante da Fundação Ford. 

Surge o relatório denominado “Aprender a Ser”, considerado por Jean-Pierre Clerc como a obra que preparava o choque do futuro. (Clerc, 1972). 

Na visão de René Maheu, até então, não se produzira um inventário definindo a educação atual de acordo com uma concepção tão global tendo em vista a educação do futuro. E, esse futuro, percebe-se perfeitamente, como o final do século XX e início do século XXI, na concepção do governo francês, ao convidar Edgard Morin através de um interlocutor, Claude Allègre, no dia 15 de novembro de 1997, para organizar um grupo de especialistas capazes de rever as grandes linhas das ações humanas. (Morin,1999).

O relatório Faure inicia seus trabalhos poucos anos após a tomada da Sorbonne pelos insurgentes da primavera de Paris, dada a insatisfação, sobretudo da juventude, com os sistemas de ensino da época, seus modelos e métodos. A comissão entende, portanto, ser tarefa imediata dos países de todos os mundos, conforme a classificação do desenvolvimento (primeiro, segundo e terceiro mundo), mergulhar na análise e síntese dos principais problemas porque,

“onde quer que exista um sistema educativo tradicional, de há muito experimentado... este sistema suscita uma avalancha de críticas e sugestões que chegam até, freqüentemente a pô-lo em causa, no seu conjunto”.(Faure, 1972 a).

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

A utilidade do celular durante as aulas

Texto do Professor Hamilton Werneck:

À primeira vista este tema parece absurdo, principalmente numa época em que os professores encontram-se pressionados por alunos aos celulares querendo a todo custo falar e “fofocar” durante as aulas. Quanto mais monótona for a aula, mais as ligações tenderão a aumentar.

Não sendo suficiente a norma escrita das escolas e a autoridade do professor, neste país onde se desenvolveu o conceito de quase tudo proibir, agora alguns governos estaduais resolveram entrar na questão aprovando leis que proíbem o uso do celular em sala de aula.