segunda-feira, 28 de maio de 2012

Alimentação inadequada: perigo iminente!

Por Camila Pacheco:

Uma alimentação equilibrada garante o que o organismo precisa para enfrentar infecções, além de prevenir doenças crônicas. Por isso, nem sempre se tem boa saúde pelo fato de se consumir qualquer alimento. Alimentar-se não significa comer tudo o que se vê pela frente ou o que se tem vontade. Afinal, a nutrição desempenha papel fundamental para a obtenção da qualidade de vida porque contribui para o bem estar físico e mental.

Vários são os fatores que influenciam a uma alimentação inadequada. Muitas crianças almoçam e/ou lancham na escola. Quando não participam da alimentação escolar, levam a merenda de casa ou dinheiro para comprar seu lanche. Nos casos em que não há a participação dos pais na escolha dos alimentos, é necessária a orientação de profissionais qualificados na área, principalmente no caso do almoço (refeição de grande importância para os brasileiros, responsável por boa parte de toda a parte calórica e de nutrientes do dia).

Há demonstrações de que, entre outros diversos fatores, o tempo que um adolescente passa assistindo TV ou na frente do Computador, pode estar associado à obesidade: cada hora pode ser associada, em média, a um aumento na prevalência da obesidade que torna-se um problema de saúde pública agravado pelo fato de que os meios de comunicação exercem grandes influências sobre os hábitos alimentares e promovem o sedentarismo, por transmitirem propagandas que incentivam o consumo de alimentos de alto teor calórico.

A grande maioria das doenças do século são causadas em parte por maus hábitos alimentares onde as mais comuns são: obesidade, distúrbios alimentares (anorexia nervosa, bulimia nervosa, comer – compulsivo, depressão), hipertensão, doenças cardiovasculares (AVC, Infarto, insuficiência cardíaca) e diabetes.

Através de uma boa alimentação pode-se evitar ou mesmo erradicar boa parte destas doenças.

Algumas doenças causadas pelos maus hábitos alimentares:

- Obesidade: Stevens (2002) afirma que a obesidade pode ser considerada como uma forma de overdose crônica de calorias, resultante de uma combinação de ingestão excessiva e degradação inadequada de calorias. As calorias em excesso são armazenadas no organismo como depósitos de gordura nos adipócitos. Os efeitos externos mais visíveis dos acúmulos de gordura ocorrem no tecido adiposo subcutâneo, levando ao seu aparecimento.

A obesidade é o maior problema de saúde da atualidade e atinge indivíduos de todas as classes sociais, tem etiologia hereditária e constitui um estudo de má nutrição em decorrência de um distúrbio no balanceamento dos nutrientes, induzidos entre outros fatores pelo excesso alimentar. O peso excessivo causa problemas psicológicos, frustrações, infelicidade, além de uma gama enorme de doenças lesivas. O aumento da obesidade têm relação com o sedentarismo, a disponibilidade atual de alimentos, erros alimentares e pelo próprio ritmo desenfreado da vida atual.

A obesidade relaciona-se com dois fatores preponderantes: a genética e a nutrição irregular. A genética evidência que existe uma tendência familiar muito forte para a obesidade, pois filhos de pais obesos tem 80% a 90% de probabilidade de serem obesos. A nutrição têm importância no aspecto de que uma criança super alimentada será provavelmente um adulto obeso (ABESO, 20007).

- Distúrbios Alimentares:Os distúrbios alimentares são responsáveis pelos maiores índices de mortalidade entre todos os tipos de transtornos mentais, ocasionando a morte em mais de 10% dos pacientes. A grande maioria mais de 90% daqueles que sofrem de transtornos alimentares são mulheres adolescentes e jovens. Uma das razões pelas quais mulheres dessa faixa etária são mais vulneráveis a esses transtornos é a tendência de fazerem regimes rigorosos para obterem a silhueta “ideal” (CANAL CIENCIA, 2007).

Os distúrbios alimentares tornaram-se nos últimos 15 anos alvo de intensas pesquisas dado o grande aumento de sua incidência. Estudos na década de 80 nos EUA, revelaram que a anorexia nervosa (AN) é a terceira doença crônica mais comum entre adolescentes do sexo feminino (10 a 20 mulheres para 01 homem) só perdendo para asma e obesidade. Quanto à bulimia nervosa (BN) afeta 1% a 5% desta população, sendo também mais freqüente na mulher (VARELLA, 2007).

Não há como negar: uma das principais causas de stresse e ansiedade nos dias de hoje é a obsessão com a aparência. A cada ano, aumenta o número de vítimas de distúrbios alimentares como a bulimia e a anorexia e também de vítimas da obesidade. Mas, ao lado delas, também cresce assustadoramente o número de pessoas apenas infelizes – frustradas por que, apesar de estarem saudáveis, não atingem o padrão de beleza que a sociedade têm exigido delas (VARELLA, 2007).

- Diabetes: É uma enfermidade que se caracteriza pela sede intensa (polidpsia), apetite exagerado (polifagia) e urinas abundantes (poliúria), aumento de açúcar no sangue e eliminação de açúcar pela urina. Existem dois tipos de diabetes o 1 e 2.

O do tipo 2 é quatro ou cinco vezes mais comum do que o tipo 1 e, diferentemente do diabetes do tipo 1, onde há ausência total de insulina, no diabetes do tipo 2 os níveis plasmáticos de insulina são inicialmente normais ou podem até aumentar nos estágios iniciais antes de descrever a níveis abaixo do normal. O defeito do diabetes do tipo 2 consiste em uma combinação dos defeitos da deficiência relativa de insulina comportivamente às necessidades e o fenômeno de resistência, em que os tecidos são incapazes de responder a este hormônio (STEVENS, 2002).

A doença tem um componente genético, mas está muito associada ao pior do estilo de vida moderno, como dietas ricas em carboidratos, sedentarismo e excesso de peso. Anos e anos de hábitos pouco ou nada saudáveis podem incapacitar o pâncreas de produzir o hormônio insulina nas quantidades necessárias. Com isso, os níveis de glicose no sangue aumentam (ABESO, 2007).

Sem tratamento, o diabetes pode levar à cegueira, à impotência sexual, à necessidade de amputação das pernas e à morte. O tratamento do diabetes consiste em suprir a falta de insulina com injeções diárias. Antes de origem animal, o hormônio hoje é produzido inteiramente em laboratório e parecidíssimo ao produzido pelo pâncreas humano (STEVENS, 2002).

- Hipertensão: O coração bombeia o sangue para os demais órgãos do corpo por meio de tubos chamados artérias. Quando o sangue é bombeado, ele é "empurrado" contra a parede dos vasos sangüíneos. Esta tensão gerada na parede das artérias é denominada pressão arterial. A hipertensão arterial ou "pressão alta" é a elevação da pressão arterial para números acima dos valores considerados normais (140/90mmHg). Esta elevação anormal pode causar lesões em diferentes órgãos do corpo humano, tais como cérebro, coração, rins e olhos (VARELLA, 2007).

De cada dois brasileiros com mais de 50 anos, um é vitima do mal. A hipertensão é um dos principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares como Acidente Vascular Cerebral (AVC), Infarto, Insuficiência Cardíaca, já que provoca lesões nas artérias. As gorduras circulantes na corrente sanguínea se depositam aí, o que aumenta a probabilidade dessas doenças. A pressão alta também pode levar a um derrame quando arrebenta uma artéria. A hipertensão tem um forte componente genético, mas a doença pode não se manifestar caso sejam adotados hábitos de vida saudáveis (STEVENS, 2002).

Entre eles, manter o peso sob controle, não fumar, praticar exercícios físicos regularmente, controlar o estresse e moderar o consumo de sal. A ingestão não deve ultrapassar 2 gramas diários. É possível ainda controlar a hipertensão com medicamentos. Há cerca de cinqüenta substâncias capazes de estabilizar a pressão, algumas delas distribuídas gratuitamente (STEVENS, 2002).

- Infarto: O infarto cardíaco ou “ataque do coração”, é a principal causa de morte no mundo ocidental apesar dos avanços em seu tratamento. Atualmente apresenta uma taxa de mortalidade em torno de 8 a 10% da população (CANAL CIENCIA, 2007).

A cada 32 segundos, uma pessoa morre vítima de uma doença do coração. No topo da lista está o Infarto Agudo do Miocárdio. Ele ocorre quando o aporte de sangue para uma parte do coração é suspenso de 20 minutos. Com a falta de irrigação, as células da região morrem o que acarreta uma necrose. A principal causa do problema e acúmulo de gordura na parede das artérias, que destrói a passagem do sangue. Esse é um processo lento e silencioso (CANAL CIÊNCIA, 2007).

Os sintomas típicos do infarto são angina – dor no peito freqüentemente irradiada para o braço esquerdo -, dificuldade para respirar, vômito e dor nas costas e no pescoço. Os fatores de risco mais importante são tabagismo, dieta rica em gordura, obesidade, sedentarismo e diabetes (VARELLA, 2007).

- Acidente Vascular Cerebral (AVC): Acidente Vascular Cerebral é a terceira maior causa de morte de pessoas com mais de 65 anos. Ele acontece quando o fluxo de sangue no interior das artérias e veias é interrompido ou quando há a ruptura de um desses vasos sanguíneos. Com isso, a irrigação de algumas partes do cérebro deixa de ser feita. As conseqüências dependem da região lesionada e do tamanho da lesão. Se os neurônios envolvidos forem relacionados a fala, por exemplo, essa função sofrerá prejuízo. Se estiverem ligados aos movimentos de um dos lados do corpo, a pessoa poderá ficar paralisada.

O AVC ocorre com uma freqüência de 02 indivíduos em 1.000 na população em geral. É definido então como uma manifestação súbita de déficit neurológico focal não traumático que leva à morte ou que perdura por mais de 24h (STEVENS, 2002).

Quero agradecer ao Jarivânio Alencar que me dar oportunidade de poder esta passando um pouco de conhecimento aqui no blog.

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