segunda-feira, 25 de março de 2013

O paradoxo da educação

Por Renato Costa:

Vamos refletir um pouco sobre a escola pública: A escola pública recebe muito dinheiro confrontado com os recursos das escolas particulares. No entanto, esses recursos tem uma administração ineficiente e isso reflete na qualidade do ensino, ou seja, muito dinheiro e pouco resultado.

Onde está o erro desta ineficiência? Vamos pensar um pouco!

Primeiro as escolas públicas deixam seus professores à vontade, não tem fiscalização, controle de conteúdo. Os coordenadores são pagos apenas pra receber seus vencimentos, trabalho que é bom não se vê. Coordenador tem que está no pé do professor, fiscalizando o que ele está expondo aos alunos, mas isso não acontece, seus trabalhos se resumem a reuniões.

Outro problema é lotação de coordenadores sem competências para a área, é a mesma coisa de colocar um advogado para realizar uma cirurgia, ou seja, vai dar morte no final, e a morte neste caso é da educação. Fazer de conta que isso não acontece (e não corrigir) é querer que a educação chegue ao fundo do poço.

Outra grande falha nas escolas públicas é o superfaturamento de notas. Diretores sem escrúpulo que usam o dinheiro para fins pessoais. Mais isso acontece? Deve está se perguntando o leigo. Eu lhe respondo: Acontece e muito! Ninguém vê, porquanto ninguém investiga, os pais que deviam exercer esse papel só vão à escola no inicio e no fim do ano, e por isto, fica tudo nos bastidores. Essa corrupção interna gera a falta de material escolar e recursos para os professores durante o ano, não são todos os gestores que agem assim, mas sabemos que existe o joio no meio do trigo.

Os professores tem sua parcela de culpa também, se não a maior, são os que recebem os melhores salários, boa parte possui nível superior, no entanto, são os primeiros a não acreditar na educação pública. A prova cabal disto: vê se tem filho de professor estudando em escola pública, pode até existir, mas é a minoria. Por que isto acontece? Será que esses professores não acreditam nem em si mesmo que fazem a educação acontecer?

Esses mesmo  professores se calam ao invés de questionar com a secretaria de educação, não buscam melhorias, não protestam, não fazem a diferença, mas quando é pra reivindicar aumento de salários, é mais quem tem opinião, e se possível fazem até greve de 90 dias.

A secretaria de educação, a mãe de todos os males, é a principal culpada de tudo que foi escrito acima. Quem está à frente desta função, precisa ter talento, formação e experiência na área, caso contrário, é colapso total. Gente fraca pra enfrentar professores que querem ser donos de seu nariz não pode está à frente desta função. Só porque é concursado pode dar aula o dia que bem entender: isso é errado. Não pode existir, mas tem professor sem noção que vive assim. Pra acabar com regalias de todos os graus da educação é necessário de alguém com garra e que não tenha medo de enfrentar ninguém.

A administração pública precisa ter metas e se não há resultados dessas metas, muda-se tudo e começa de novo.

Continua...

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