sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

"Favelas vão assumir papel de protagonistas no Brasil", diz presidente da Cufa

Do Vox Brasil:

O presidente da Cufa (Central Única das Favelas), Preto Zezé, afirmou na manhã desta quarta-feira (20), durante lançamento da FHolding (união de empresas que pretendem trabalhar no desenvolvimento das favelas e moradores), no centro do Rio que os grandes eventos que serão realizados na cidade podem ajudar a alavancar o desenvolvimentos nas comunidades.

— Nós vamos ter um avanço quando as comunidades se organizarem. A comunidade tem que ser inteligente e criar espaços e oportunidades. A favela está assumindo um papel de protagonismo, e tem que ser permanente. Não é mais apenas questões sociais e esportivas. É uma questão de comércio e mercado. Está surgindo uma nova relação de mercado e consumidor.

Ainda segundo o presidente da Cufa, a descoberta do potencial de mercado nas favelas pode acabar com uma visão de assistencialismo a comunidades.

— Há uma nova descoberta do volume e de recursos que é movimentado nas comunidades. Estão percebendo que não há mais uma visão paternalista e de caridade. Mas agora é a hora de discutir os negócios e as oportunidades para ambas as partes.

De acordo com o sócio diretor do instituto Data Popular, Renato Meirelles, as favelas brasileiras movimentam cerca de R$ 56 bilhões por ano — o equivalente ao PIB (Produto Interno Bruto) da Bolívia.

— As comunidades estão sendo descobertas agora, mas são um público enorme e de grande potencial. Chegou a hora de voltarmos nossos olhos para essa camada da população que está crescendo.

O Data Favela é uma iniciativa inédita de Renato Meirelles e Celso Athayde, da Favela Holding Participações. O instituto tem a missão de estudar o comportamento e hábitos dos moradores de favelas, bem como apresentar às empresas brasileiras as oportunidades de negócios que surgem nessas comunidades.

Ainda segundo Meirelles, cerca de 12 milhões de pessoas vivem em comunidades no Brasil. Nesse universo, 40% têm o ensino médio e superior.

— O grande diferencial tem sido a educação. As pessoas que moram nas comunidades estão estudando mais e com isso é possível elevar a renda na localidade. Não estou dizendo que tudo esteja bom,  mas esta muito melhor do que há dez anos atrás. E a tendência é melhorar cada vez mais.

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