Por Beto Pinheiro:
Há dias estava procurando um tempo para doar os outros brinquedos que tinha na minha casa, não eram brinquedos novos, eram brinquedos que fizeram a alegria do meu filho Matheus e agora fazem a alegria de outras crianças.
Hoje resolvi fazer uma faxina na casa, além do pó e sujeira que são retirados com vassoura, espanador e pano úmido, retirei algumas coisas que estavam em sem uso aqui em casa e resolvi doá-los para alguém que fizesse bom uso delas.
Retirei em média 50 brinquedos que eram usados pelo Matheus, coloquei-os nas sacolas e fui até o lixão de Governador Nunes Freire-Ma, dizer que o que vi por lá me fez entender que fui ao lugar certo, estaria mentindo, mas fui a um lugar onde realmente a necessidade impera.
Vi pessoas retirando do lixo, materiais para aproveitarem ou venderem para conseguirem dinheiro, vi crianças ajudando os seus pais a separarem esses materiais dos que não podem ser aproveitados, vi sofrimento, mas também vi esperança.
Quando cheguei com as sacolas com os brinquedos, alguns semi novos, outros nem tanto, mas quem liga para a aparência, quando o agradecimento vem em forma de essência?
Duas crianças se aproximaram de mim e ainda descrentes do conteúdo das sacolas perguntaram:
-O senhor vai jogar fora?
-Não. Eu respondi, vou entregá-los para alguém.
-Quem? Perguntou um dos meninos, deixando escapar uma ponta de frustração por pensar que os brinquedos seriam de um dono específico.
-Bom, eu continuei: Acho que será de que souber usá-los e cuidá-los melhor do que o meu filho cuidou.
A felicidade dos meninos me surpreendeu, acho que foi o melhor “obrigado sem palavras” que já tive na vida, eles abriram as sacolas e naquele instante voltaram a serem crianças novamente, resolveram brincar ali mesmo, esquecendo por um momento o árduo trabalho no lixão.
É engraçado como algumas pessoas ficam frustradas por não ganharem o presente que queriam, mas eu fiquei feliz porque sei que aquilo que fez o meu filho feliz, também fará os dois garotos felizes, não estou falando dos brinquedos, mas da lembrança e da certeza de que eles, apesar da vida dura, não esquecerão que são crianças.
E sabem o que um garoto me disse?
Se o senhor tiver mais brinquedos assim, pode trazer e se quiser brincar com a gente eu te empresto um carrinho! (traduzindo a frase: Muito obrigado).
Não sabe como comentar? Clique aqui e aprenda, é muito fácil!
Há dias estava procurando um tempo para doar os outros brinquedos que tinha na minha casa, não eram brinquedos novos, eram brinquedos que fizeram a alegria do meu filho Matheus e agora fazem a alegria de outras crianças.
Hoje resolvi fazer uma faxina na casa, além do pó e sujeira que são retirados com vassoura, espanador e pano úmido, retirei algumas coisas que estavam em sem uso aqui em casa e resolvi doá-los para alguém que fizesse bom uso delas.
Retirei em média 50 brinquedos que eram usados pelo Matheus, coloquei-os nas sacolas e fui até o lixão de Governador Nunes Freire-Ma, dizer que o que vi por lá me fez entender que fui ao lugar certo, estaria mentindo, mas fui a um lugar onde realmente a necessidade impera.
Vi pessoas retirando do lixo, materiais para aproveitarem ou venderem para conseguirem dinheiro, vi crianças ajudando os seus pais a separarem esses materiais dos que não podem ser aproveitados, vi sofrimento, mas também vi esperança.
Quando cheguei com as sacolas com os brinquedos, alguns semi novos, outros nem tanto, mas quem liga para a aparência, quando o agradecimento vem em forma de essência?
Duas crianças se aproximaram de mim e ainda descrentes do conteúdo das sacolas perguntaram:
-O senhor vai jogar fora?
-Não. Eu respondi, vou entregá-los para alguém.
-Quem? Perguntou um dos meninos, deixando escapar uma ponta de frustração por pensar que os brinquedos seriam de um dono específico.
-Bom, eu continuei: Acho que será de que souber usá-los e cuidá-los melhor do que o meu filho cuidou.
A felicidade dos meninos me surpreendeu, acho que foi o melhor “obrigado sem palavras” que já tive na vida, eles abriram as sacolas e naquele instante voltaram a serem crianças novamente, resolveram brincar ali mesmo, esquecendo por um momento o árduo trabalho no lixão.
É engraçado como algumas pessoas ficam frustradas por não ganharem o presente que queriam, mas eu fiquei feliz porque sei que aquilo que fez o meu filho feliz, também fará os dois garotos felizes, não estou falando dos brinquedos, mas da lembrança e da certeza de que eles, apesar da vida dura, não esquecerão que são crianças.
E sabem o que um garoto me disse?
Se o senhor tiver mais brinquedos assim, pode trazer e se quiser brincar com a gente eu te empresto um carrinho! (traduzindo a frase: Muito obrigado).
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crianças com os brinquedos e lixão de GNF
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