terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Réu é absolvido por Júri Popular

Nesta terça-feira (06/12) foi realizado mais um Júri Popular em Governador Nunes Freire.

O julgamento, realizado pela Comarca de Governador Nunes Freire, aconteceu nas dependências da Câmara Municipal de Vereadores do município.

A juíza Raquel Araújo iniciou explicando aos jurados a importância do Júri e que os mesmo não estavam lá por sua própria vontade e sim, porque é assim que a Lei determina.

Logo após foi sorteado os sete componentes do Conselho de Sentença, que ficou constituído por seis mulheres e apenas um homem.

O réu era o jovem Reinaldo Freitas Pereira, acusado de matar José Zito Lavi Lobo ("Parazão") em abril de 2005. O crime teria acontecido no local onde é hoje a Praça da Cultura.

As testemunhas de acusação estavam ausentes e a PM foi buscar, trazendo apenas uma delas.

O promotor Júlio Magalhães fez as perguntas à testemunha. A testemunha de acusação, Cláudio Barbosa, contou como foi o ocorrido. Segundo ele, a vítima estava na feira e o acusado deu três tiros no mesmo.

O advogado de defesa, J J, também fez suas perguntas e a testemunha deu suas respostas. Disse que não se recordava a hora do ocorrido e que a vítima foi avisada de quê o acusado andava procurando pelo mesmo.

A testemunha de defesa, Elias Nascimento, foi questionada pelo advogado de defesa. Segundo a testemunha, a BR-316 estava em péssimo estado e que no dia do ocorrido (06/04/2005) teria visto o acusado em Santa Luzia do Paruá por volta das 6 horas da manhã. Elias disse ter certeza que na hora do crime o acusado estava em Santa Luzia, portanto era inocente.

O promotor Júlio Magalhães disse estar impressionado com a precisão da testemunha. O senhor Elias disse que trabalhava com construção civil e sempre acordava cedo e que as 5h55min saiu de casa para comprar pão, por isso tem certeza que o momento que viu o acusado não era mais que 6h05min.

Mais uma testemunha de defesa foi ouvida. O senhor Nivaldo disse que por volta de 6 horas do dia do ocorrido ele teria pego o carro que trabalhava. Segundo ele, BR-316 estava ruim e que de Santa Luzia para Gov. Nunes Freire se gastava cerca de 1h30min ou mais e que de moto não se gastava menos que 50 minutos. Disse que soube do ocorrido por volta de 9 horas quando já estava em Santa Inês e que acredita que o acusado seja inocente. Afirmou que tem certeza que viu o acusado dentro do comércio do seu pai por volta de 6 horas ou mais um pouquinho.

O promotor perguntou à testemunha se ele tinha certeza que viu o acusado dentro do comércio. A testemunha disse ainda que não tinha conhecimento de nenhuma briga ou algo parecido que o acusado tivesse se envolvido.

José Evangelista, outra testemunha, foi ouvido no processo. Ele disse que tem um comércio quase em frente à casa do acusado e que no dia do ocorrido teria visto o mesmo dentro do comércio do seu pai. Falou ainda que a BR-316 era muito ruim e que se gastava cerca de 1h30min. Disse que tinha certeza “pura” que ao abrir o comércio de sua propriedade, viu o acusado dentro do comércio do seu pai em Santa Luzia do Paruá às 6 horas da manhã.

O promotor Júlio Magalhães perguntou à testemunha se já teria tido conhecimento de alguma confusão envolvendo o acusado (que é seu vizinho). O senhor José Evangelista disse que viu Reinaldo crescer, mas que não sabia nem tinha conhecimento de nenhum fato envolvendo o mesmo.

O senhor Aníbal, também testemunha de defesa, disse que no dia do ocorrido viu o acusado atravessando do comércio de seu pai para sua residência. Disse que à época do ocorrido a estrada estava ruim e que se gastava mais de uma hora de viagem. Disse também não ter conhecimento do envolvimento do acusado com confusão.

O senhor Antonio Ferreira, outra testemunha de defesa, disse que estava consertando o telhado de sua casa e viu o acusado dentro da casa de seu pai por volta de 6 horas. Disse que tem certeza que o acusado estava em Santa Luzia no momento do crime e que, pela hora, não tinha como o acusado ter cometido o crime. Afirmou também que nunca ouviu falar que o acusado tivesse metido em confusão.

Foi feito a leitura de partes do processo pela Oficial de Justiça Alyne.

O acusado, Reinaldo, disse que é inocente e que no momento do ocorrido estava em sua residência. Disse ainda que está sendo acusado porque seu irmão teria se envolvido num acidente com a vítima. Afirmou que na noite do ocorrido dormiu no comércio do seu pai. Falou que andava armado no tempo em que trabalhava com dinheiro, mas que não sabe atirar. O acusado disse que a estrada estava ruim e que, de moto, demoraria a chegar a Nunes Freire. Disse também que não fugiu da cela porque acredita na Justiça.

O promotor de Justiça fez suas considerações e logo depois o advogado de defesa também fez as suas. Júlio Magalhães fez a réplica e J J fez a tréplica.

O Conselho de Sentença absolveu por maioria de votos o acusado, ficando assim livre de qualquer pena.

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