sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Prefeito Indalécio comenta sobre a "saúde"

O prefeito de Governador Nunes Freire, Indalécio, fez um comentário no resumo da Sessão da Câmara. Veja abaixo:

Não é correto perguntar: a saúde está boa ou ruim?

Nenhuma pessoa de bom senso irá comentar que o sistema de saúde municipal está bom, nem o estadual muito menos o SUS.

Não designei o secretário Raimundo Neto para consertar a saúde (não cobro o impossível de ninguém).

A pergunta deve ser comparativa: você conhece ‘in locus’ um município do mesmo porte que esteja atendendo no mesmo nível?

Visitem as cidades vizinhas: que tal ir ao Socorrão de São Luis; mais longe, ao Getúlio Vargas em Recife; aos hospitais do Rio de Janeiro. Caos... caos.

Tem fila para atendimentos em hospitais particulares.

O problema da Saúde é crônico e eclode na esfera federal, mas quem paga a conta são os prefeitos. Isto é normal. 

Suponhamos que eu consiga mais um milhão mensal para a saúde de GNF. Você acha que isto resolveria nosso problema? Não.

Com um milhão a mais, disponibilizaríamos mais serviços, mais especialistas, mais medicamentos, mais diagnósticos, melhor alimentação hospitalar. O que aconteceria? A demanda iria aumentar proporcionalmente.

Os nossos enfermos e os das cidades vizinhas deixariam de ir para São Luis, Teresina, Belém, etc... Em pouquíssimo tempo aquele um milhão não seria mais suficiente.

A Saúde em GNF não é isolada. Pra melhorar aqui, tem de melhorar em Maranhãozinho, em Maracaçumé, em Godofredo, no Maranhão, no País. 

Quando vejo um cidadão comum mostrar sua indignação em relação à saúde de GNF, respeito a opinião.

Quando vejo um vereador reclamar, desconsidero.

Estudos da OMS (Organização Mundial da Saúde) publicados a mais de vinte anos revelaram que todo recurso aplicado em água, esgoto e pavimentação reflete em uma economia de 10% nos gastos com a saúde.

Eles (os vereadores) não quiseram pavimentação (por motivos políticos), não podem exigir saúde (por motivos supostamente humanitários). Isto é hipocrisia. 

Diga ao seu filho: tome dez reais, compre os remédios da sua mãe, os sapatos do seu irmão, o perfume da irmã, pague a conta e energia, faça a feira e traga o troco. Se ele não conseguir, dê-lhe uma surra.

Certamente ele desviou o dinheiro, não é? Não cobre o impossível do filho. Seja justo na sua casa, na sua rua, com seus amigos, com seus inimigos.

Pesquise no google: “hospitais caos”, “saúde caos”. Não me cobre exatidão numa dízima periódica

Cobre-me honestidade, boa intenção, simplesmente o possível, o exeqüível, o viável, o humano. 

Obrigado pelo espaço informal. Não estou respondendo a ninguém.

Agradeço às críticas. 
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