terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Carta ao Promotor de Justiça de Nunes Freire

Recebi um e-mail com esta carta destinada ao promotor da comarca de Governador Nunes Freire.

Leia:

Senhor Promotor.

Venho a través dessa missiva, apelar para o bom senso e para a execução do decoro  que tenho a certeza que Vossa Excelência pratica no desempenho de suas funções, não é admitido para um cidadão como eu, consciente dos seus direitos (e também dos seus deveres),  a execução de certas posturas que teimam em perdurar na minha amada cidade. Quando eu digo minha, também estendo esse pronome possessivo a todos àqueles que assim como eu, amam, cuidam e se preocupam realmente com esta cidade, que está crescendo a olhos vistos e infelizmente de forma desordenada, muito por culpa dos entes públicos responsáveis, como principalmente pela população, que não se indigna e não se manifesta, pelo contrário comete os mais variados deslizes ao invadir propriedades alheias, construir as suas nas vias públicas, ou afrontarem as leis querendo tomar conta de alguns centímetros de rua, com seus empreendimentos comerciais. 

As pessoas que realmente se preocupam com o bem estar de todos, não se fecha no seu universo pessoal e pensa só no seu beneficio próprio, mais sim no beneficio coletivo, quando me refiro ao cidadão nunesfreirenses, falo dos moradores, àqueles que aqui vivem de verdade, acompanham os efeitos da chuva, da falta de energia, frequenta sua Igreja independente de religião, vai ao campo de futebol, confraterniza no carnaval, São João e eventos culturais. Falo dessa pessoa (homem, mulher, criança, idoso) que convive diuturnamente nesse lugar que habitamos, nesse contexto não o incluo como cidadão nunesfreirenses, pois o Senhor tem a sua residência em outra cidade, chegando aqui na terça e retornando na quinta a tarde, e está aqui a trabalho, por isso acho que ainda não teve a oportunidade de acompanhar umas destas festas no meu da rua, devidamente autorizadas por Vossa Excelência.

É neste ponto que quero externar a minha indignação, com as festas que se realizam nas vias públicas até altas horas da noite, segundo informações tais festas tem a autorização da promotoria de justiça, o que é revoltante, pois segundo o Código de Postura (Lei Complementar N° 04/97), esse tipo de evento é proibido, (exceto com autorização).

Art. 55. É expressamente  proibido perturbar o sossego público com ruído ou sons excessivos, evitáveis, tais como: 
...
VII- os batuques, congados e outros divertimentos congêneres, sem licença das autoridades.
...


Como não se indignar com um barulho ensurdecedor de som automotivo, bandas de seresta, etc.,  que são bons e divertidos nos ambientes e locais próprios, não no meio da rua, que impedem até dos moradores transitarem ou guardarem seus automóveis. 

Apelo aqui mais uma vez para o bom senso, para que tais licenças sejam revogadas, que a ordem volte a reinar no município, para que várias famílias possam ter o sossego do seu lar resguardado. Como disse em matéria do Jornal Gazeta intitulada “durma-se com um barulho desses” (assinada por mim) na minha opinião festa é no Clube, Evento é na Praça Pública, Culto é na Igreja, Jogo é no Campo de Futebol.

Senhor Promotor, fico por aqui aguardando a resposta desta Carta à população e me intitulando representante de várias famílias onde seus representantes me pediram auxilio e apoiaram essa minha postura. Não me incomodo em me indispor com quem quer que seja, quando sei que a maioria apoia, não tenho interesse político partidário, apenas me interessa que tal descabido seja resolvido. 

Sem mais para o momento, meus respeitosos cumprimentos.

Atenciosamente.

Cleberson Rodrigues

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