terça-feira, 26 de abril de 2011

Quem avisa amigo é... A AIDS não é brincadeira!


Por volta do mês de Julho de 2006, escrevi um artigo intitulado “NO MARANHÃO A AIDS DEVE SER TRABALHADA COM MAIOR ATENÇÃO”, para um jornal local da região do Alto Turi no Maranhão.

Usei os seguintes dados para dar este pequeno conselho:

“Segundo o Programa Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis e AIDS (PNDST/AIDS) no Brasil de 1980 a Junho/2005, foram notificados 371.827 casos de HIV/AIDS, sendo que a região sudeste do país é responsável pela notificação de 234.736 casos. Nota-se nos últimos anos um crescimento acentuado das notificações nas regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste do Brasil. Com destaque expressivo para o estado de Roraima que numa taxa da população para cada 100.000 habitantes 28 estão infectados. Enquanto, no Maranhão na mesma pesquisa onde foi descrita uma trajetória da AIDS nos estados brasileiros no período de 1994 a 2004 para cada 100.000 habitantes 11 estão infectados, revelando-se uma situação preocupante se compararmos com o numero de casos de alguns estados da região nordeste até mesmo do Norte. Pois, neste período o Maranhão teve um aumento considerável, já que, em 1994 apresentava 2,5 casos para cada 100.000 habitantes. Destacando-se o fato, que, em 2004, havia um número de casos maiores que todos os outros estados do Nordeste”.

Acho que tinha razão, mas, infelizmente o conselho não chegou até a nossa capital; se não, hoje não teria que divulgar os dados encontrados no próprio site do governo do estado do Maranhão.

Seguinte: “A estatística de HIV/AIDS no Maranhão mostra que já são 4.967 casos da doença no estado até setembro de 2010. Destes, 668, ou 13.9%, estão concentrados em pessoas com idade entre 15 e 24 anos, ocupando a terceira colocação. Os dois primeiros lugares ficam com a faixa etária dos 25 a 34 anos, com 2.032 casos (42%) e dos 35 a 44 anos, reunindo 1.369 casos, o que corresponde a 28.4%. Ainda de acordo com dados da SES, desde 2007 que o Maranhão vem registrando um aumento no número de casos entre os jovens de 15 a 24. Em 2007, foram notificados 35 casos; em 2008, 37; e ano passado, outras 58 notificações, um salto significativo que vem preocupando as autoridades de saúde”. (http://www.ma.gov.br/agencia/noticia.php?Id=13057)

Pelo menos podemos nos contentar com o fato que junto com os dados a secretaria de saúde do estado está informando medidas, principalmente, de diagnósticos e educacionais que passarão a serem realizadas a partir de agora. Espero que sejam realmente colocadas em prática, e, que não fiquem apenas na página de leitura do site.

Passados alguns anos, continuo pensando de forma parecida quanto a solução do problema; pois, cabe a educação o papel de ator principal neste grande filme que é “a batalha pela vida”, que, aliada a prevenção com certeza tentam resolver este grande problema.

Portanto, é mais do que justo que educar e prevenir é preciso.

Rosivano Albuquerque de Almeida
Farmacêutico Generalista
Especialista em Saúde Pública e em Doenças Tropicais
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